quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Viramos notícia:

Nacionais

Coluna Planeta – Revista Época

http://colunas.epoca.globo.com/planeta/

UOL Notícias – Cotidiano

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2008/11/20/ult5772u1645.jhtm

Regionais

Diário dos Campos http://www.dcmais.com.br/index.cfm?ver_edicao=9841&noticia_id=164131&secao_id=3

ONGs querem paralisar abate de javalis em 'Vila Velha' A ação seria precipitada segundo os ambientalistas. A própria Secretaria do Meio Ambiente afirma ser contrária ao abate dos animais Por: Luciana Almeida O Grupo Fauna de Ponta Grossa e o Movimento SOS Bicho de Curitiba querem a paralisação das atividades de abate dos javalis capturados no Parque Estadual de Vila Velha de Ponta Grossa. Na semana passada, as ONGs encaminharam ofício ao Ministério Público Estadual e ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) pedindo a interrupção da ação até que sejam apresentados estudos conclusivos sobre a questão. De acordo com o IAP, as espécies são consideradas invasoras e estariam desestabilizando o ecossistema do parque. Por sua vez, a voluntária do Fauna, Andresa Jacobs, explica que – conforme normativa do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) - o abate de animais somente pode ser feito depois de esgotadas todas as alternativas de manejo, o que não aconteceu. Sem observar a normativa, quatro armadilhas foram espalhadas pelo parque ainda no início deste mês. "A proposta anunciada pelo IAP também não foi apresentada para consulta no Conselho Gestor do Parque, do qual o Fauna também é membro", acrescenta. Todas as decisões, conforme explica Andresa, devem passar por discussão e votação em conselhos específicos, audiências públicas ou similares. "Nestas oportunidades, representantes da sociedade civil organizada, incluindo o movimento de defesa animal, podem participar do processo de discussão e decisão", argumenta. Andresa explica que os ambientalistas não são contrários ao manejo dos javalis, já que reconhecem os danos que o animal – considerado exótico para o local – pode causar. A crítica fica por conta do abate. "Antes de partir para a morte dos animais, alternativas poderiam ter sido utilizadas como a contenção destes animais e alocação em um santuário e a castração dos machos. Também há de se pensar em legislação restritiva para a entrada dos javalis, que foram introduzidos na região por produtores que viram bom negócio na comercialização da carne". A voluntária do Fauna é categórica ao afirmar que a ação foi precipitada. "Durante a reunião, o próprio IAP admitiu que não há estudos suficientes a respeito do impacto causado pelos animais no Parque. Também não foi quantificado o número total de espécies existentes no parque. Um processo de controle de animais exóticos deve passar por uma série de análises antes de ser posto em prática". O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, afirma que o abate dos animais já está paralisado. "Vamos continuar com a captura, mas até que a situação se defina o abate não será feito", garante acrescentando que já solicitou a convocação do Conselho Estadual da Fauna para discutir e deliberar sobre a forma mais adequada de se conter os javalis. O posicionamento da própria Secretaria – a qual o IAP é subordinado – é contrário ao abate dos animais. "Como órgão ambiental, não podemos defender o abate de qualquer tipo de vida, exceto se o Conselho der o aval ao procedimento". A assessoria de imprensa do Ministério Público do Paraná confirma a abertura do procedimento, através do qual já foram solicitadas mais informações sobre a questão junto ao IAP, Ibama e à Polícia Florestal.

Jornal da Manhã – Ponta Grossa

'Fauna' questiona captura de javalis em Vila Velha

Preocupados com as declarações dadas à imprensa pelo diretor do Instituto Ambiental do Paraná, Victor Hugo Burko sobre o manejo dos javalis no Parque Estadual de Vila Velha (PEVV) voluntários do Grupo Fauna, de Ponta Grossa e Movimento SOS Bicho, de Curitiba, estiveram reunidos com a diretoria do Parque para solicitar esclarecimentos sobre o tema. As declarações do presidente da entidade incluíam um plano de capturas dos javalis em armadilhas especiais e seu abate, com possível doação da carne para órgãos assistenciais da cidade. Os ambientalistas qualificaram como precipitadas e pouco plausíveis as declarações do presidente do IAP.

Durante a reunião, o diretor de Biodiversidade do IAP, João Batista Campos admitiu que não existem estudos suficientes a respeito do impacto causado pelos animais no Parque, tampouco se sabe o número total dos espécimes.

As ONGs encaminharam ofício ao IAP e MPE solicitando a paralisação das atividades previstas até que sejam realizados e apresentados estudos sobre o tema no Parque, embasados na Normativa do Ibama 141, que permite o abate desde que todas as alternativas viáveis de manejo sejam esgotadas.

Gazeta do Povo – Curitiba

Conselho vai decidir sobre abate de javalis

Secretário do Meio Ambiente faz coro a ambientalistas e se diz contrário à medida

Maria Gizele da Silva, da sucursal

O anúncio feito no último dia 6 pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) sobre a captura e o abate de javalis no Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, causou mal-estar entre ambientalistas e o próprio secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues. O presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, visitou o parque e acompanhou a construção da primeira armadilha para capturar o animal, que é exótico e está causando estragos na unidade. Uma semana depois, ambientalistas se reuniram com a direção do Parque e pediram a suspensão do projeto. Ontem, Rodrigues disse que vai encaminhar o caso ao Conselho Estadual de Proteção à Fauna (Confauna). O secretário se disse contrário à proposta do IAP.

A coordenadora do Grupo Fauna, de Ponta Grossa, Andresa Jacobs, afirmou que os militantes são favoráveis ao manejo do animal porque reconhece que a espécie está competindo por espaço e comida com os animais nativos existentes no parque, mas defende uma maior discussão. "Estamos preocupados com o encaminhamento desses animais, porque não pode ser uma atitude precipitada. Existem normas que precisam ser cumpridas", afirma Andresa.

Os ambientalistas apontaram falhas no projeto: não há estudo conclusivo sobre quantos javalis existem no Parque, a quantidade de comida colocada nas armadilhas não é tão atrativa quanto a encontrada pelo animal nas lavouras ao redor da unidade e o projeto não passou pela análise do Conselho Gestor do Parque. A morte dos animais, segundo Andresa, pode ser considerada maus-tratos, que é crime ambiental. Até o momento, nenhum animal foi capturado.

Rodrigues afirmou que também é contra a proposta do IAP. Ele adiantou que a discussão sobre o manejo dos javalis será analisada pelos membros do Confauna. "Se o Conselho decidir pelo abate, eu vou acatar, mas precisamos de uma discussão a fundo", afirmou. Rodrigues acrescentou que não sabia da proposta do abate até a divulgação na imprensa.

O presidente do IAP, Vitor Burko, não foi encontrado ontem. No último dia 6 ele disse que a medida era a única alternativa para amenizar os estragos causados pelo animal em Vila Velha, como a erosão e o ataque a espécies nativas.

Nosso release 18/11/2008

Entidades de defesa dos Direitos Animais pretendem barrar matança de javalis em Vila Velha

Em reunião entre ONGs e diretoria do parque, IAP admite que desconhece o tamanho do problema dos javalis no Parque

Da Assessoria de Imprensa


Preocupados com as declarações dadas à imprensa pelo diretor do Instituto Ambiental do Paraná, Victor Hugo Burko sobre o manejo dos javalis no Parque Estadual de Vila Velha (PEVV) voluntários do Grupo Fauna de Proteção aos Animais, de Ponta Grossa e Movimento SOS Bicho, e Ecoforça, de Curitiba, estiveram reunidos na última quinta-feira, 13, com a diretoria do Parque para solicitar esclarecimentos sobre o tema.

As declarações do presidente da entidade, na semana passada, incluía um plano de capturas dos javalis em armadilhas especiais e seu abate, com possível doação da carne para órgãos assistenciais da cidade. Os ambientalistas qualificaram como precipitadas e pouco plausíveis as declarações do diretor do IAP.
Durante a reunião, o diretor de biodiversidade do IAP, João Batista Campos admitiu que não existem estudos suficientes a respeito do impacto causado pelos animais no Parque, tampouco se sabe o número total dos espécimes.

As ONGs encaminharam ofício ao IAP e Ministério Público Estadual solicitando a paralisação das atividades previstas até que sejam realizados e apresentados estudos sobre o tema no Parque, embasados na Normativa do IBAMA 141, que permite o abate desde que todas as alternativas viáveis de manejo sejam esgotadas. Vale ressaltar que a proposta anunciada pelo diretor do IAP não foi apresentada para consulta no Conselho Gestor do PEVV, que tem participação da sociedade civil.

"As decisões devem passar por discussão e votação em Conselhos específicos, audiências públicas ou similares, onde representantes da sociedade civil organizada, incluindo o movimento de defesa animal, possam participar do processo de discussão e decisão", diz Andresa Liriane Jacobs, secretária do Grupo Fauna.

Para ela, o manejo dos javalis no Parque é necessário, desde que seja feito de forma a não violar a legislação sobre fauna e maus-tratos aos animais e que sejam embasadas em estudos específicos transparentes. A voluntária ainda ressalta que, caso não sejam cumpridas medidas de prevenção, o problema nunca será controlado."Esses animais foram introduzidos na região por motivos econômicos, e agora são colocados como os únicos responsáveis pela sua presença e impacto ambiental. Defendemos ações preventivas, pautadas em decisões coletivas, no fortalecimento da fiscalização do IAP sobre os criadouros legalizados e clandestinos e na implantação de legislação que impeça a introdução de futuras espécies exóticas no estado", afirma.

Após a reunião, os voluntários conheceram a armadilha para capturar os javalis, mas duvidaram de eficiência já que existe uma oferta maior de alimentos nas plantações ao redor da unidade, o que seria mais atrativo aos animais.
Também não ficou claro a respeito das declarações do diretor do IAP, Victor Hugo Burko, quem seriam os funcionários que manuseariam as armadilhas, quem faria o abate e quem atestaria a qualidade sanitária e como, quando e com que investimentos os funcionários do Parque seriam treinados para isso. Os ambientalistas também acionaram o Ministério Público Estadual para obter estas informações.